O brazão da freguesia deve ter sido feito muito recentemente, com as regras da heraldica próprias deste tipo de instituições.
Apresenta em baixo o rio (Coura = Baenis como lhe chamavam os romanos), ao centro o pelourinho que é o monumento mais notável da freguesia e duas 'antas' ou 'dolmens' visto que há vestigios megaliticos na freguesia (salvo erro três antas bem preservadas).
Concordo com a análise. Gostaria de confirmar a existência desses monumentos megaliticos, pois se constam do brasão, devem ser uma realidade importante da localidade.
Do site da Freguesia de Venade ( http://users.med.up.pt/caminha/venade.htm ):
«Toda a região conheceu o homem pré-histórico, pelo menos nos cimos dos montes, e nesta zona mais ainda face à vizinhança dos Rios Minho e Coura, e do mar. Em Venade, ainda no século IX, havia duas antas (monumentos funerários da época neolítica — nesta região, há cerca de 6 000 anos), uma próxima da Capela de Santo Antão e outra ali perto, no denominado Poço ou Cova do Armada, como testemunhou o arqueólogo Martins Sarmento.
Também nos montes de Azevedo havia mais umas três antas (além de várias gravuras rupestres dessas épocas, nomeadamente as que o povo designa por « estribos ») todas descritas nos Manuscritos do Padre Augusto Manuel Ribeiro.
A época moderna da freguesia deverá ter começado a partir do seu repovoamento no século IX. A primeira notícia conhecida de Venade consta das Inquirições de 1258.
A freguesia já aparece documentada no século XIII, nas Inquirições de 1258, embora seja legítimo afirmar-se que a ocupação inicial tenha começado na época castreja e nos montes que rodeiam Venade. O próprio topónimo Venade aponta para essa antiguidade, tal como os de Escoura (restos de fundição de metal), Furnas, Soutulho (de S. Júlio ?), Coruche (de uma “villa” possuída por um Collucius?), etc. É provável que todo este território até Viana tenha sido reocupado por D. Paio Vermudes, conde de Tuy por mandato de Afonso III das Astúrias e que, as “villae” que aqui existiam têm conservado alguns dos seus nomes mais tradicionais e antigos. A sua igreja pertenceu, segundo as inquirições de D.Afonso III, ao Bispado de Tuy. Figurou, em 1320 no Arcediagado da Vinha (actual freguesia de Areosa - Viana do Castelo), tendo-lhe sido atribuída a taxa de 50 libras. No livro de confirmações de D. Diogo de Sousa consta a doação do seu padroado ao marquês de Vila Real. Em 1641 passou a donatária desta freguesia a Casa do Infantado que apresentava o reitor.»
O TRIÂNGULO tem por objectivo discutir, criticar, aplaudir, propor ideias, sobre o triângulo delimitado pela Avenida António Augusto de Aguiar, Avenida Duque de Ávila e Avenida Fontes Pereira de Melo. Deseja contribuir para melhorar a qualidade de vida das pessoas que habitam nesta zona, assim como a das que a utilizam para trabalhar ou em lazer.
3 Comments:
Caro Carlos
O brazão da freguesia deve ter sido feito muito recentemente, com as regras da heraldica próprias deste tipo de instituições.
Apresenta em baixo o rio (Coura = Baenis como lhe chamavam os romanos), ao centro o pelourinho que é o monumento mais notável da freguesia e duas 'antas' ou 'dolmens' visto que há vestigios megaliticos na freguesia (salvo erro três antas bem preservadas).
Obrigado Nuno pela contribuição.
Concordo com a análise. Gostaria de confirmar a existência desses monumentos megaliticos, pois se constam do brasão, devem ser uma realidade importante da localidade.
Do site da Freguesia de Venade ( http://users.med.up.pt/caminha/venade.htm ):
«Toda a região conheceu o homem pré-histórico, pelo menos nos cimos dos montes, e nesta zona mais ainda face à vizinhança dos Rios Minho e Coura, e do mar. Em Venade, ainda no século IX, havia duas antas (monumentos funerários da época neolítica — nesta região, há cerca de 6 000 anos), uma próxima da Capela de Santo Antão e outra ali perto, no denominado Poço ou Cova do Armada, como testemunhou o arqueólogo Martins Sarmento.
Também nos montes de Azevedo havia mais umas três antas (além de várias gravuras rupestres dessas épocas, nomeadamente as que o povo designa por « estribos ») todas descritas nos Manuscritos do Padre Augusto Manuel Ribeiro.
A época moderna da freguesia deverá ter começado a partir do seu repovoamento no século IX. A primeira notícia conhecida de Venade consta das Inquirições de 1258.
A freguesia já aparece documentada no século XIII, nas Inquirições de 1258, embora seja legítimo afirmar-se que a ocupação inicial tenha começado na época castreja e nos montes que rodeiam Venade. O próprio topónimo Venade aponta para essa antiguidade, tal como os de Escoura (restos de fundição de metal), Furnas, Soutulho (de S. Júlio ?), Coruche (de uma “villa” possuída por um Collucius?), etc. É provável que todo este território até Viana tenha sido reocupado por D. Paio Vermudes, conde de Tuy por mandato de Afonso III das Astúrias e que, as “villae” que aqui existiam têm conservado alguns dos seus nomes mais tradicionais e antigos. A sua igreja pertenceu, segundo as inquirições de D.Afonso III, ao Bispado de Tuy. Figurou, em 1320 no Arcediagado da Vinha (actual freguesia de Areosa - Viana do Castelo), tendo-lhe sido atribuída a taxa de 50 libras. No livro de confirmações de D. Diogo de Sousa consta a doação do seu padroado ao marquês de Vila Real. Em 1641 passou a donatária desta freguesia a Casa do Infantado que apresentava o reitor.»
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